Disciplina: Pedagogia 0 Curtidas

“O tratamento da oralidade exige do analista não somente manejo de da

Atualizado em 15/05/2025

“O tratamento da oralidade exige do analista não somente manejo de dados como também perspicácia para a compreensão da situação discursiva que envolve os interactantes. Tal expressão, na realidade, é um “baú” que abriga aspectos psicológicos, sociais, cognitivos e culturais de todos os envolvidos nas interações; por isso, o dado provindo de situações de oralidade deve ser examinado a partir de uma visão de 360º que capte, com base no que é visível e audível, tudo o que é inerente à interação, não somente o posto, pressuposto e subtendido, mas também o que condiciona formas, conteúdos e propicia a estabilidade, ou instabilidade, da interação.

Considerando as reflexões propostas, podemos afirmar que: Alternativas:

a) a oralidade é instável e sua prática caracteriza desorganização e informalidade e não pode ser considerada texto.
b) a oralidade não pode ser considerada um gênero discursivo, porque sua produção é livre e informal.
c) a oralidade é espontânea, isenta das regras de linguagem que são direcionadas para a escrita.
d) a oralidade precisa ser analisada a partir de todos os seus constituintes, como o gênero, a situação comunicativa e os interlocutores.
e) a oralidade funciona tal qual a conversação, com particularidades já conhecidas de seu falantes.


Solução

Alternativa correta: d) a oralidade precisa ser analisada a partir de todos os seus constituintes, como o gênero, a situação comunicativa e os interlocutores. De acordo com o gabarito AVA.


A resposta correta é a alternativa D porque o trecho de Leite (2012) destaca que a oralidade é uma prática discursiva complexa que envolve múltiplos fatores além do conteúdo verbal. A autora afirma que o analista deve ter uma "visão de 360º" ao lidar com dados da oralidade, o que implica considerar elementos como o contexto social, cultural, cognitivo e psicológico dos interlocutores, bem como a situação comunicativa em que a interação ocorre. Isso demonstra que a análise da oralidade precisa ser abrangente e atenta a todos os seus constituintes.



Além disso, o texto aponta que a oralidade carrega elementos que vão além do que é dito explicitamente — como o que é pressuposto, sugerido ou condicionado por fatores externos. Dessa forma, não basta apenas transcrever ou ouvir as palavras: é necessário compreender como o discurso se constrói a partir das relações entre os falantes, dos papéis sociais que assumem e do gênero discursivo em que estão inseridos. Esses elementos são fundamentais para entender a intenção, o efeito e a estrutura da fala.



Por fim, a alternativa D é a única que reconhece essa complexidade ao afirmar que a oralidade deve ser analisada considerando o gênero, a situação comunicativa e os interlocutores. As outras alternativas simplificam ou distorcem o conceito de oralidade, tratando-a como desorganizada, informal ou sem regras — o que contradiz diretamente a perspectiva apresentada por Leite.

Assuntos: Linguística , Análise , Metodologia

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