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Quem são os coletes amarelos? “Em uma época em que políticos da Europa
Quem são os coletes amarelos?
“Em uma época em que políticos da Europa Ocidental fazem campanha falando em mudanças climáticas, em transição energética, em ciclovias e novos modais de transporte compartilhados, os “coletes amarelos” representam uma voz reacionária. Eles são os habitantes de pequenas cidades e vilarejos em que a globalização só chegou via tevê e internet, mas onde o automóvel, símbolo do século XX, continua a ser indispensável na vida cotidiana.
Daí a ira despertada pelo aumento do preço dos combustíveis promovida pelo governo de Macron. Sob a justificativa de promover a transição energética, o primeiro-ministro, Édouard Philippe, anunciou um programa de aumento progressivo dos impostos sobre combustíveis fósseis, em especial o diesel, o mais consumido por classes mais baixas da população. Entre os meses de outubro de 2017 e de 2018, o preço médio do diesel subiu 23%; o da gasolina, 15%. E, em janeiro de 2019, segundo a lei orçamentária enviada pelo poder executivo ao parlamento, o diesel passaria a custar 6,5 centavos de euro a mais. Ou, na expressão corrente no país, um aumento de seis centavos. Foi o que bastou para desencadear os protestos.”
Qual(is) das dimensões do desenvolvimento sustentável foi (foram) ignorada(s) pelo governo Macron e que levou à revolta dos coletes amarelos?
a) Econômica e ambiental.
b) Social.
c) Ambiental e social.
d) Econômica.
Solução
Alternativa correta: b) Social. De acordo com o gabarito AVA.
A resposta para a pergunta é a alternativa b) Social porque a revolta dos "coletes amarelos" está profundamente enraizada em questões de desigualdade e justiça social. Os "coletes amarelos" são majoritariamente habitantes de áreas rurais e pequenas cidades, onde a dependência do automóvel é alta e o impacto dos aumentos no preço dos combustíveis foi particularmente severo. Essa população se sentiu negligenciada pelo governo, que focou em políticas de transição energética sem considerar adequadamente os efeitos socioeconômicos sobre as classes mais baixas.
Além disso, os "coletes amarelos" representam uma voz reacionária contra as políticas que favorecem as áreas urbanas em detrimento das rurais. A implementação dos aumentos nos impostos sobre combustíveis sem medidas compensatórias adequadas para as populações mais vulneráveis ignorou as dificuldades enfrentadas por essas pessoas. A falta de consideração pelas necessidades e capacidades econômicas dos menos favorecidos demonstra uma falha na dimensão social do desenvolvimento sustentável, que deve equilibrar justiça econômica, bem-estar social e proteção ambiental.
Portanto, a revolta dos "coletes amarelos" evidenciou a ignorância do governo Macron em relação à dimensão social do desenvolvimento sustentável. O foco unidimensional na transição energética, sem medidas de apoio ou compensação social para os mais impactados, levou a uma percepção de injustiça e negligência, culminando nos protestos massivos.
Assuntos: Desigualdade social, Políticas de transição energética, Impacto econômico em áreas rurais
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