Disciplina: Língua Portuguesa 0 Curtidas

Cem anos depois Vamos passear na floresta Enquanto - UNICAMP 2016

Atualizado em 13/05/2024

Cem anos depois

Vamos passear na floresta
Enquanto D. Pedro não vem.
D. Pedro é um rei filósofo
Que não faz mal a ninguém.

Vamos sair a cavalo,
Pacíficos, desarmados:
A ordem acima de tudo,
Como convém a um soldado.

Vamos fazer a República,
Sem barulho, sem litígio,
Sem nenhuma guilhotina,
Sem qualquer barrete frígio.

Vamos, com farda de gala,
Proclamar os tempos novos,
Mas cautelosos, furtivos,
Para não acordar o povo.

(José Paulo Paes, O melhor poeta da minha rua, em Fernando Paixão (sel. e org.), Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2008, p. 43.)

O tom irônico do poema em relação à história do Brasil põe em evidência

  1. o modo como a democracia surge no Brasil por interferência do Imperador.

  2. a maneira despótica como os republicanos trataram os símbolos nacionais.

  3. a postura inconsequente que sempre caracterizou os governantes do Brasil.

  4. a forma astuciosa como ocorreram os movimentos políticos no Brasil.


Solução

Alternativa Correta: D) a forma astuciosa como ocorreram os movimentos políticos no Brasil.

O poema de José Paulo Paes narra de forma irônica a implantação do regime republicano no nosso país. O eu poemático relata na última estrofe, por exemplo, que os agentes de tal processo agiram “cautelosos, furtivos, / Para não acordar o povo”, o que revela “a forma astuciosa como ocorreram os movimentos políticos no Brasil”.

Resolução adaptada de: Curso Objetivo

Institução: UNICAMP

Ano da Prova: 2016

Assuntos: Interpretação de Texto

Vídeo Sugerido: YouTube

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