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Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe - UNESP 2018
Leia o texto para responder às questões de 33 a 36.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias.
A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram
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a identificação de uma grande oportunidade, para nativos e europeus, de conviver com outros povos e desenvolver a tolerância e o respeito a valores morais e culturais diferentes.
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o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o controle de terras e povos tão distantes.
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o início de um longo conflito entre os europeus e as populações nativas, que provocou perdas humanas e financeiras nos dois lados, inviabilizando a exploração comercial da América.
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a formação de uma elite colonial que recusava submeter-se às ordens das coroas europeias e dispunha de plena autonomia na produção e comercialização das mercadorias.
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o reconhecimento, pelos europeus, da necessidade de instalação de feitorias no litoral para a segurança dos viajantes e a aceitação, pelos nativos, de hegemonia dos conquistadores.
Solução
Alternativa Correta: B) o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o controle de terras e povos tão distantes.
A alternativa, quando cotejada com o texto transcrito no enunciado, pode ser examinada em duas partes distintas: a primeira, relacionada com o “temor, nos indígenas, diante da ambição europeia”, induz à ilação de que os nativos tenderam a se submeter passivamente aos conquistadores ou a fugir diante do avanço dos europeus; ora, a resistência armada dos indígenas foi um fenômeno que permeou o contato com os colonizadores desde os primórdios da conquista até o século XIX (na ocupação do Oeste Norte-americano). Quanto a segunda parte da alternativa, é possível admitir que os europeus tinham ciência das dificuldades oferecidas pela colonização e exploração da América; no entanto, conseguiram montar um aparelho administrativo, militar e religioso-cultural que, bem ou mal, cumpriu seu objetivo de explorar as áreas coloniais.
Resolução adaptada de: Curso Objetivo
Institução: UNESP
Ano da Prova: 2018
Assuntos: Colonização
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