A lepra e as demais doenças recorrentes durante a Idade - VUNESP 2012

Alternativa Correta: E) eram muitas vezes atribuídas à ação divina e as vítimas eram tratadas como responsáveis pelo mal.

A) Incorreta – Na Idade Média, a medicina era rudimentar e as doenças não eram entendidas como resultado do descuido pessoal. As doenças eram frequentemente interpretadas como manifestações da vontade divina ou de forças sobrenaturais. Além disso, o cuidado médico não era restrito apenas a doentes graves ou terminais; existiam, por exemplo, monges e freiras que cuidavam dos enfermos, especialmente nos mosteiros.

B) Incorreta – As condições de higiene e saneamento na Idade Média eram precárias tanto em áreas urbanas quanto rurais. Na verdade, as cidades medievais muitas vezes apresentavam condições sanitárias piores do que as zonas rurais, devido à alta densidade populacional e à falta de sistemas adequados de saneamento. As doenças, portanto, afetavam todas as camadas da sociedade, independentemente de serem rurais ou urbanas.

C) Incorreta – Essa afirmação é apenas parcialmente verdadeira, mas o erro está em afirmar que "não existiam hospitais ou remédios". Embora as doenças atacassem pessoas de todas as classes sociais, existiam hospitais rudimentares, como os mantidos por ordens religiosas, e também havia remédios naturais ou práticas curativas baseadas em ervas e técnicas da época. No entanto, esses recursos eram limitados e, muitas vezes, ineficazes.

D) Incorreta – Essa alternativa contém um equívoco importante. Embora as doenças, como a lepra, fossem de fato consideradas contagiosas e os doentes frequentemente isolados, existiam pessoas dispostas a cuidar dos enfermos, como membros de ordens religiosas (por exemplo, a Ordem dos Hospitalários). A caridade cristã motivava muitos a cuidar dos doentes, apesar do medo do contágio.

E) Correta – A lepra e outras doenças recorrentes durante a Idade Média eram frequentemente atribuídas à ação divina, sendo vistas como castigos de Deus pelos pecados cometidos pelas vítimas. Nesse contexto, os doentes eram estigmatizados e muitas vezes tratados como culpados por suas enfermidades, o que reforçava o preconceito e o isolamento social a que eram submetidos. Como descrito no trecho, os leprosos eram escorraçados e forçados a alertar os outros sobre sua presença, enfatizando a visão de que sua condição era uma punição divina.

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