Voltar para Vestibulares

2021

Foram encontradas 467 questões
Exibindo questões de 201 a 300.

Desenvolvida em 1935 por Charles F. Richter, com - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

Desenvolvida em 1935 por Charles F. Richter, com a colaboração de Beno Gutenberg, a escala Richter permite determinar a magnitude (M) de um terremoto, fenômeno que libera uma grande quantidade de energia (E) que se propaga pela Terra em todas as direções. A magnitude e a energia de um terremoto podem ser relacionadas pela expressão a seguir, em que E é expressa em erg, uma unidade de medida de energia do sistema CGS.

logE = 11,8 + 1,5M

A tabela apresenta os efeitos gerados por um terremoto, de acordo com sua magnitude na escala Richter:

UNESP 2021

Em uma barbearia existem dois espelhos planos - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

Em uma barbearia existem dois espelhos planos verticais, paralelos e distantes 3 m um do outro, com a face refletora de um voltada para a face refletora do outro. Um cliente está sentado de frente para um deles, a 1 m de distância dele. Na figura, fora de escala, pode-se notar a infinitude de imagens geradas devido a reflexões sucessivas nesses espelhos.

UNESP 2021

Para analisar a queda dos corpos, um estudante - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

Para analisar a queda dos corpos, um estudante abandona, simultaneamente, duas esferas maciças, uma de madeira e outra de aço, de uma mesma altura em relação ao solo horizontal.

Três esferas, x, y e z, feitas com materiais - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

Três esferas, x, y e z, feitas com materiais diferentes e de massas iguais estavam, inicialmente, à mesma temperatura ambiente (θamb) e foram mergulhadas, simultaneamente, em água pura em ebulição, até entrarem em equilíbrio térmico com a água. Em seguida, foram retiradas da água e deixadas sobre uma superfície isolante, até voltarem à mesma temperatura ambiente. Os calores específicos dos materiais das esferas são cx, cy e cz, de modo que cx < cy < cz. Com os resultados desse experimento, foram construídos o gráfico 1, relativo ao aquecimento das esferas até a temperatura de ebulição da água, e o gráfico 2, relativo ao resfriamento das esferas, até retornarem à temperatura ambiente.

Para simular o sistema respiratório humano, um - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

Para simular o sistema respiratório humano, um aparato com duas bexigas representando os pulmões, uma membrana elástica representando o músculo diafragma e um tubo flexível em forma de “Y”, representando a traqueia e os brônquios, foi montado dentro de um recipiente plástico que representava a caixa torácica. Na figura 1, as bexigas estão vazias.
Deslocando-se a membrana elástica para baixo, as bexigas se enchem, conforme a figura 2.

UNESP 2021

A figura mostra a visão aérea de um parque onde - UNESP 2021/Prova I

Física - 2021

A figura mostra a visão aérea de um parque onde existem ruas que podem ser utilizadas para corridas e caminhadas. Nesse parque há uma pista ABCA em que uma pessoa corre dando voltas sucessivas.

UNESP 2021

Analise a fórmula estrutural. A fórmula - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

Analise a fórmula estrutural.

UNESP 2021

A fórmula estrutural analisada corresponde à molécula do composto que possui _____________ átomos de carbono, _____________ átomos de hidrogênio e é o monômero utilizado para a produção do polímero conhecido como _____________.

Os ácidos biliares são constituídos por moléculas - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

Os ácidos biliares são constituídos por moléculas com porções hidrofílicas e hidrofóbicas.

As bacteriorrizas são exemplos de associações - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

As bacteriorrizas são exemplos de associações simbióticas entre bactérias e raízes de plantas leguminosas. Essas bactérias fixam o nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o em amônia (NH3).

A solução aquosa de anilina é básica devido à - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

A solução aquosa de anilina é básica devido à ocorrência do equilíbrio:

UNESP 2021

O álcool isopropílico (CH3CH(OH)CH3), entre - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

O álcool isopropílico (CH3CH(OH)CH3), entre outras aplicações, é empregado na limpeza de circuitos eletrônicos. Em um experimento, um estudante utilizou um frasco conta-gotas com álcool isopropílico a 20ºC e verificou que eram necessárias 65 gotas desse álcool para perfazer o volume de 2 mL.

A partir dessas equações, pode-se prever que o ΔH - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

Analise as equações termoquímicas.

UNESP 2021

Funcionamento de uma folha artificial As folhas - UNESP 2021/Prova I

Química - 2021

Funcionamento de uma folha artificial

As folhas artificiais estão entre as tecnologias mais promissoras para um mundo mais limpo, pois podem tanto capturar o dióxido de carbono da atmosfera quanto transformá-lo em combustíveis limpos, além de gerar energia sob outras formas.
Essas folhas biomiméticas convertem o dióxido de carbono em combustível e decompõem a água em oxigênio e hidrogênio, tudo isso usando energia solar. Os dois processos ocorrem simultaneamente, mas um de cada lado de uma célula fotovoltaica: o oxigênio é produzido no lado “positivo” da célula e o combustível é produzido no lado “negativo”.

Leia os versos da canção “Tenho sede”, composta - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

Leia os versos da canção “Tenho sede”, composta por Anastácia e Dominguinhos.

Traga-me um copo d’água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d’água
E os meus olhos pedem o teu olhar
A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede o teu amor
Se não me deres, posso até morrer

Para mimetizar um tecido e obter uma estrutura - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

Para mimetizar um tecido e obter uma estrutura para enxertos em humanos, um grupo de pesquisadores utilizou a espongina, composta por colágeno, e a biossílica das espículas provenientes de um invertebrado. A associação da parte orgânica com a parte inorgânica resultou em um compósito com propriedades muito similares às do tecido humano.

A análise quantitativa dos fenótipos obtidos - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

A análise quantitativa dos fenótipos obtidos dos cruzamentos entre plantas de ervilha de cheiro foi crucial para que Gregor Johann Mendel pudesse estabelecer a existência de fatores que se segregavam de forma independente para compor os gametas.
Atualmente, para a análise molecular referente aos fenótipos cor e textura das sementes em ervilhas de cheiro, deve-se investigar o total de ____________ de cromossomos homólogos, _______________ genes e ____________ alelos.

O gráfico mostra o crescimento de uma população - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

O gráfico mostra o crescimento de uma população de microrganismos em relação à resistência do meio, ao potencial biótico e à carga biótica máxima do ambiente. Os dados obtidos experimentalmente foram suficientes para a determinação das equações das curvas no gráfico.

UNESP 2021

A figura mostra um experimento realizado com duas - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

A figura mostra um experimento realizado com duas espécies de gramíneas, A e B. As gramíneas foram inicialmente plantadas em uma curta faixa nos extremos opostos de duas caixas retangulares contendo solo. As caixas foram acondicionas em ambientes separados e submetidas à mesma intensidade luminosa. Por semanas, ambas as caixas foram regadas igualmente, mas uma delas foi mantida a 10 ºC e a outra, a 40 ºC.

UNESP 2021

Em laboratório, cobaias adoeceram após serem - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

Em laboratório, cobaias adoeceram após serem inoculadas com vírus influenza.

Os seres vivos contribuem para a ciclagem do - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

Os seres vivos contribuem para a ciclagem do carbono na natureza por meio da oxidação ou redução desse elemento químico presente em moléculas orgânicas ou inorgânicas.
As equações das reações químicas a seguir remetem a processos biológicos que convertem compostos de carbono.

UNESP 2021

Uma comunidade de equatorianos com nanismo - UNESP 2021/Prova I

Biologia - 2021

Uma comunidade de equatorianos com nanismo apresenta a rara Síndrome de Laron, também observada em populações judias do Mediterrâneo. Pessoas com essa síndrome carregam uma mutação no gene que determina a produção de uma proteína que compõe o receptor do hormônio de crescimento (GH). O hormônio circula no sangue da pessoa, mas o organismo não reage a ele, o que impede o desenvolvimento pleno de seus corpos.

A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é - UNESP 2021/Prova I

Filosofia - 2021

A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é, tampouco, um continente de ideias esquecidas que merece ser visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas supõem que a ciência e a tecnologia, especialmente a física e a neurociência, engolirão a filosofia nas próximas décadas, sem saberem que, ao defender esse ponto de vista, estão implicitamente apoiando uma posição filosófica discutível. Certamente, muitas questões da filosofia contemporânea passaram a ser discutidas pelas ciências. Mas há outras, no campo da ética, da política e da religião, cuja discussão ainda engatinha e para as quais a ciência não tem, até agora, fornecido nenhuma solução.

Texto 1 Nos últimos tempos, reservou-se (e, com - UNESP 2021/Prova I

Filosofia - 2021

Texto 1

Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, popularizou-se) o termo fake news para designar os relatos pretensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram e que são disseminados, em larga escala, nas mídias sociais, por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir.

(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de comunicação política entre jornalismo, política e democracia”. Estudos em Jornalismo e Mídia, no 2, vol. 16, 2019.)

Texto 2

As vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.

(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)

Texto 1 O filósofo é o amigo do conceito, ele é - UNESP 2021/Prova I

Filosofia - 2021

Texto 1

O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos.

(Gilles Deleuze e Félix Guattari. O que é a filosofia?, 2007.)

Texto 2

A língua é um “como” se pensa, enquanto que a cultura é “o quê” a sociedade faz e pensa. A língua, como meio, molda o pensamento na medida em que pode variar livremente. A língua é o molde dos pensamentos.

(Rodrigo Tadeu Gonçalves. Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações, 2008. Adaptado.)

Texto 1 Provavelmente o marco mais importante que - UNESP 2021/Prova I

Filosofia - 2021

Texto 1

Provavelmente o marco mais importante que lançou a semente científica da sensciência, nível mais simples de consciência animal, foi a obra A expressão da emoção no homem e nos animais, de Charles Darwin, que demonstra que os animais apresentam as mesmas expressões que os homens. O maior paradoxo é que, embora a ciência utilize os animais como modelo biológico na medicina desde a década de 1950, há negligência no que concerne à avaliação e ao tratamento da dor em animais, em especial os de laboratório.

(Caroline Marques Maia. “Quanta dor os animais sentem?”. www.comciencia.br, 27.03.2020. Adaptado.)

Texto 2

A capacidade de sentir prazer, dor e medo não é exclusiva dos seres humanos. Ela é, na verdade, vital para a sobrevivência de seres de várias espécies. […] A biologia evolutiva e as ciências do comportamento e do cérebro têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

(www.bbc.com, 04.03.2019.)

The phenomenon E-democracy [electronic democracy] - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

The phenomenon E-democracy [electronic democracy] is well known and well used in Sweden. E-democracy is a solution that makes it easier for the population to vote or to participate in different questions, or just to make themselves heard. E-democracy is used a lot of municipalities as a simple way for the inhabitants to participate in the local debate. E-democracy is often argued as a tool that makes participation ,more available for everyone.

Aquele que ousa empreender a instituição de um - UNESP 2021/Prova I

Filosofia - 2021

Aquele que ousa empreender a instituição de um povo deve sentir-se com capacidade para, por assim dizer, mudar a natureza humana, transformar cada indivíduo, que por si mesmo é um todo perfeito e solitário, em parte de um todo maior, do qual de certo modo esse indivíduo recebe sua vida e seu ser; alterar a constituição do homem para fortificá-la; substituir a existência física e independente, que todos nós recebemos da natureza, por uma existência parcial e moral. Em uma palavra, é preciso que destitua o homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] das quais não possa fazer uso sem socorro alheio.

O método matemático a seguir é utilizado no - UNESP 2021/Prova I

Matemática - 2021

O método matemático a seguir é utilizado no cálculo por trilateração.

UNESP 2021

Nas atividades cotidianas de indústrias, de - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

Nas atividades cotidianas de indústrias, de empresas ou de pessoas em suas residências, o empenho pelo aumento da eficiência energética pode contribuir para

A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, é - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

A Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, é um marco importante para a questão ambiental.

Há cinco anos, na China, a febre do - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

Há cinco anos, na China, a febre do compartilhamento de bicicletas atraiu bilhões de dólares de investidores e de clientes, gastos pelas startups na compra de milhões de novas bicicletas, para conquistar participação de mercado. Quando o colapso inevitável chegou, a maioria das empresas faliu, deixando autoridades municipais com os custos de limpar a bagunça.

A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

A disponibilidade de água no Brasil é elevada, se comparada à de outras regiões do mundo.

As anomalias observadas no mapa promovem - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

UNESP 2021

A natureza predatória do desmatamento da Amazônia - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

A natureza predatória do desmatamento da Amazônia mostra-se no fato de que, com seus 750 mil km2 de área desmatada, a região contribui com 14,5% do valor do produto agropecuário brasileiro. São Paulo tem área agrícola de 193 mil km2 e entra com 11,3% da produção nacional.

No gráfico, cada ponto corresponde à taxa de - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

No gráfico, cada ponto corresponde à taxa de desemprego e à taxa de inflação de serviços para um determinado mês de um determinado ano entre 2003 e 2017.

UNESP 2021

O mapa trata de eventos ocorridos no século XIX - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

Examine o mapa.

UNESP 2021

Embora tenha relação com estímulos à produção e - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

Embora tenha relação com estímulos à produção e aos investimentos em infraestrutura no país, a dívida externa brasileira é um obstáculo

A primeira corrida para a região ocorreu no Sudão - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

A primeira corrida para a região ocorreu no Sudão, em 2011. Começou no norte, perto do Vale do Nilo, depois se espalhou para o oeste, para Darfur, favorecida por uma nova geração de detectores de metais baratos e fáceis de usar. Depois, a “frente pioneira” avançou de leste para oeste, sem controle, pegando outros Estados de surpresa. Fora de qualquer estrutura legal, indivíduos com equipamentos de baixo custo — sudaneses em sua maioria — descobriram áreas de interesse no Chade, particularmente no norte, em 2013; em seguida, no sul da Líbia e Níger, em 2014; na Mauritânia, em 2016; e, mais recentemente, em 2018, no norte do Mali. No deserto, a extração está apenas começando e faz crescer a incerteza em uma região já desestabilizada

As long as it operated as a cheap factory, China - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

As long as it operated as a cheap factory, China’s growth was welcomed by the US, and its emergence as a new market for consumer goods was eagerly anticipated. However, in the mid-2010s the relationship between the rising nation and the incumbent superpower became more competitive. With the election in 2016 of Donald Trump on an “America First” platform, the gloves came off. Unhappy with the trade imbalance, the US president kicked off a trade war in 2018. The fallout for companies has been considerable.

“Vou voltar Sei que ainda vou voltar Para o meu - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

“Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Cantar uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De uma palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer”

Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que contribuíram para o desgaste das relações diplomáticas e para o início do conflito armado, é possível citar:

“A ‘política dos governadores’ é considerada a - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

“A ‘política dos governadores’ é considerada a última etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira.”

O processo de formação e consolidação dos Estados - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

O processo de formação e consolidação dos Estados nacionais na América hispânica, nas duas primeiras décadas do século XIX, envolveu

“O reconhecimento do território africano - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

“O reconhecimento do território africano empreendido pelas campanhas de exploração e pelas missões religiosas foi facilitador de uma verdadeira invasão de mercadores europeus nas caravanas e rotas de comércio que ligavam diferentes pontos do continente. Muitos desses merca - dores começaram a controlar algumas redes de comércio, criando novos sistemas de autoridade que não passavam mais por líderes africanos. De início, isso não representou nenhum tipo de perigo para as elites africanas, que já estavam acostumadas a negociar com árabes, indianos e com os próprios europeus. No entanto, no decorrer do século, os europeus se tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o continente asiático.”

“Artigo 1.o – Todos os escravos, que entrarem no - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

“Artigo 1º – Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...].
Artigo 2º – Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres [...].”

O importante trabalho de fazer um alfinete é - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

O importante trabalho de fazer um alfinete é dividido em mais ou menos dezoito operações distintas. Vi uma pequena fábrica que só empregava dez operários e onde, em consequência, alguns deles eram encarregados de duas ou três operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e, por isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra contém mais de quatro mil alfinetes de tamanho médio. Assim, esses dez operários podiam fazer mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada operário fez um décimo desse produto, podemos dizer que fez, num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes. Mas, se todos tivessem trabalhado à parte e independentemente uns dos outros, e se eles não tivessem sido moldados a essa tarefa particular, cada um deles não teria feito, com certeza, vinte alfinetes.

A exploração do ouro, na região das Minas Gerais - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no perfil geral da América portuguesa, tais como

“O consumo dos alimentos nas propriedades de - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

“O consumo dos alimentos nas propriedades de monocultura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao mercado externo, resultando em uma grande quantidade de farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce, milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e simbolizada, popularmente, pela rapadura.”

A Pietà, escultura de Michelangelo Buonarotti, - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

Observe a imagem.

UNESP 2021

O uso contemporâneo do conceito de globalização - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

Leia o texto para responder às questões 31 e 32.

“Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].”

A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

Leia o texto para responder às questões 31 e 32.

“Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].”

No trecho “And the costs of closure are - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

No trecho “who are less likely to attend online - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

No trecho “As lockdowns ease, schools should be - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

O trecho “West African children whose schools - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

De acordo com o texto, o fechamento das escolas - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

The chart shows that the average share of - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o gráfico e leia o texto para responder às questões de 25 a 30.

UNESP 2021

Three-quarters of the world’s children live in countries where classrooms are closed. As lockdowns ease, schools should be among the first places to reopen. Children seem to be less likely than adults to catch covid-19. And the costs of closure are staggering: in the lost productivity of home schooling parents; and, far more important, in the damage done to children by lost learning. The costs fall most heavily on the youngest, who among other things miss out on picking up social and emotional skills; and on the less well-off, who are less likely to attend online lessons and who may be missing meals as well as classes. West African children whose schools were closed during the Ebola epidemic in 2014 are still paying the price.

(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)

Analise o cartum. A fala do personagem a) - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Analise o cartum.

UNESP 2021

O cartum dialoga com o seguinte trecho do texto - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Leia o texto para responder às questões de 21 a 23.

EDUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT

UNESP 2021

With a world population of 7 billion people and limited natural resources, we, as individuals and societies, need to learn to live together sustainably. We need to take action responsibly based on the understanding that what we do today can have implications on the lives of people and the planet in future. Education for Sustainable Development empowers people to change the way they think and work towards a sustainable future.
UNESCO aims to improve access to quality education on sustainable development at all levels and in all social contexts, to transform society by reorienting education and help people develop knowledge, skills, values and behaviours needed for sustainable development. It is about including sustainable development issues, such as climate change and biodiversity into teaching and learning. Individuals are encouraged to be responsible actors who resolve challenges, respect cultural diversity and contribute to creating a more sustainable world.

According to the second paragraph, one of - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Leia o texto para responder às questões de 21 a 23.

EDUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT

UNESP 2021

With a world population of 7 billion people and limited natural resources, we, as individuals and societies, need to learn to live together sustainably. We need to take action responsibly based on the understanding that what we do today can have implications on the lives of people and the planet in future. Education for Sustainable Development empowers people to change the way they think and work towards a sustainable future.
UNESCO aims to improve access to quality education on sustainable development at all levels and in all social contexts, to transform society by reorienting education and help people develop knowledge, skills, values and behaviours needed for sustainable development. It is about including sustainable development issues, such as climate change and biodiversity into teaching and learning. Individuals are encouraged to be responsible actors who resolve challenges, respect cultural diversity and contribute to creating a more sustainable world.

According to the first paragraph, it is important - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Leia o texto para responder às questões de 21 a 23.

EDUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT

UNESP 2021

With a world population of 7 billion people and limited natural resources, we, as individuals and societies, need to learn to live together sustainably. We need to take action responsibly based on the understanding that what we do today can have implications on the lives of people and the planet in future. Education for Sustainable Development empowers people to change the way they think and work towards a sustainable future.
UNESCO aims to improve access to quality education on sustainable development at all levels and in all social contexts, to transform society by reorienting education and help people develop knowledge, skills, values and behaviours needed for sustainable development. It is about including sustainable development issues, such as climate change and biodiversity into teaching and learning. Individuals are encouraged to be responsible actors who resolve challenges, respect cultural diversity and contribute to creating a more sustainable world.

A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

UNESP 2021

“E o rato respondeu: — Muito simples. Estabeleci - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes, para responder às questões de 16 a 19.

Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.
MORAL: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.

(100 fábulas fabulosas, 2012.)

1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.

“Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes, para responder às questões de 16 a 19.

Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.
MORAL: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.

(100 fábulas fabulosas, 2012.)

1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.

Uma moral para a narrativa de Millôr Fernandes em - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes, para responder às questões de 16 a 19.

Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.
MORAL: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.

(100 fábulas fabulosas, 2012.)

1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.

A narrativa de Millôr Fernandes afasta-se do - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr Fernandes, para responder às questões de 16 a 19.

Um leão, um burro e um rato voltaram, afinal, da caçada que haviam empreendido juntos1 e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco e, com voz tonitruante que procurava inutilmente suavizar, berrou:
— Bem, agora que terminamos um magnífico dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós três, com licença do compadre rato, você, compadre burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande amigo burro em paz para deliberar.
Os dois se afastaram, foram até o rio, beberam água2 e ficaram um tempo. Voltaram e verificaram que o burro tinha feito um trabalho extremamente meticuloso, dividindo a caça em três partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois voltando, o burro perguntou ao leão:
— Pronto, compadre leão, aí está: que acha da partilha?
O leão não disse uma palavra. Deu uma violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no chão, morto.
Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
— Compadre rato, lamento muito, mas tenho a impressão de que concorda em que não podíamos suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava mais o compadre burro. Me faça um favor agora — divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
Mal o leão se afastou, o rato não teve a menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o chamou:
— Compadre leão, está pronta a partilha!
O leão, vendo a caça dividida de maneira tão justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
— Maravilhoso, meu caro compadre, maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma partilha tão certa?
E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer muito mais. Tracei uma comparação entre a sua força e a minha — é claro que você precisa de muito maior volume de alimentação do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição na floresta com a minha — e, evidentemente, a partilha só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, sou todo espírito!
— Inacreditável, inacreditável! Que compreensão! Que argúcia! — exclamou o leão, realmente admirado. — Olha, juro que nunca tinha notado, em você, essa cultura. Como você escondeu isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta sabedoria?
— Na verdade, leão, eu nunca soube nada. Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro morto.
MORAL: Só um burro tenta ficar com a parte do leão.

(100 fábulas fabulosas, 2012.)

1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
2 Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso já é outra fábula.

Observa-se o emprego de voz passiva no trecho - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Considerando-se o contexto, o termo que qualifica - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Além da primeira parte intitulada “A terra” - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

A paisagem retratada no texto mostra-se - UNESP 2021/Prova I

Geografia - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Considerando o contexto histórico de produção do - UNESP 2021/Prova I

História - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Anteriormente ao texto transcrito, Euclides da - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

A linguagem do texto pode ser caracterizada como - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 09 a 15, leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.

Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os Sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verdepálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.

Examine o meme publicado pela comunidade “The - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Examine o meme publicado pela comunidade “The Language Nerds” em sua conta no Instagram em 28.02.2020.

UNESP 2021

Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), foi publicado em Paris em 1909. Nesse manifesto, Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: “queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês e o tradicionalismo cultural. A exaltação da máquina e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política.

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas. Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.

“Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas. Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.

O efeito cômico do texto deriva, sobretudo, da - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas. Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.

Considerando que “sonejar” constitui um - UNESP 2021/Prova I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas. Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.

De acordo com o narrador, o hipotrélico revela, - UNESP 2021/PROVA I

Língua Portuguesa - 2021

Para responder às questões de 02 a 06, leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas. Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.

Examine o cartum de Christopher Weyant, publicado - UNESP 2021/Prova I

Inglês - 2021

Examine o cartum de Christopher Weyant, publicado em sua conta no Instagram em 16.08.2018.

UNESP 2021

Como a maior parte dos franceses, Hamza Esmili - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

Como a maior parte dos franceses, Hamza Esmili, professor de sociologia em uma Universidade parisiense, tem doravante muito tempo para olhar por sua janela. Habitando em Seine-Saint-Denis, periferia de Paris, ele observa a atividade da rua abaixo: o movimento de pessoas é grande e não se respeitam as medidas de confinamento geral impostas pelo governo para combater a pandemia da Covid19. “Há menos gente que habitual - mente, mas a rua permanece muito movimentada”, constata Esmili. “O confinamento é um conceito burguês, explica o sociólogo. Ele implica possuir uma casa burguesa na qual se retirar. Isso não corresponde de forma alguma à realidade daqui.”

Os mapas temáticos são elaborados com a utilização de - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

Os mapas temáticos são elaborados com a utilização de técnicas que objetivam a melhor visualização e comunicação, distinguindo-se essencialmente dos topográficos, que representam fenômenos de qualquer natureza, geograficamente distribuídos sobre a superfície terrestre. O nível de organização dos dados, qualitativos, ordenados ou quantitativos, de um mapa está diretamente relacionado ao método de mapeamento e à utilização de variáveis visuais adequadas à sua representação.

(Rosely Sampaio Archela e Hervé Théry, Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. Revista Confins. n.3. 2008, p. 1-36.)

UNICAMP 2021
UNICAMP 2021

A região Nordeste brasileira é marcada por contrastes - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

A região Nordeste brasileira é marcada por contrastes climáticos: áreas úmidas e áreas com longos períodos de estiagem. O mapa a seguir mostra a variação da umidade por meses em relação à distribuição das chuvas.

UNICAMP 2021

A região denominada Golfo Pérsico abrange, além do - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

A região denominada Golfo Pérsico abrange, além do próprio golfo, os países que se situam inteira ou parcialmente no seu litoral, a saber: Kuwait, Bahrein, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Omã. A Arábia Saudita também é considerada parte da região, pois, embora a maior parte de seu território seja continentalizada e as principais cidades se situem no interior ou próximas ao Mar Vermelho, ela tem mais de 600 quilômetros de litoral voltado para o Golfo, com algumas cidades costeiras (AdDammam, Al-Jubail) e complexas ligações viárias com Qatar, Bahrein e Kuwait.

Os mapas anteriores apresentam três culturas - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

UNICAMP 2021
UNICAMP 2021
UNICAMP 2021

Em nosso planeta em rápida urbanização, a vida - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

Em nosso planeta em rápida urbanização, a vida cotidiana da crescente população de urbanoides é cada vez mais sustentada por sistemas vastos e incrivelmente complexos de infraestrutura e tecnologia. Ainda que muitas vezes passem despercebidos – pelo menos quando funcionam –, esses sistemas permitem que a vida urbana moderna exista. Seus encanamentos, dutos, servidores, fios e túneis sustentam os fluxos, as conexões e os metabolismos que são intrínsecos às cidades contemporâneas.

O gráfico anterior apresenta a concentração de renda no - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

UNICAMP 2021

O gráfico anterior apresenta a concentração de renda no topo da pirâmide social. No Brasil, o 1% de super-ricos (aproximadamente 1,4 milhão de adultos) captura 28,3% dos rendimentos brutos totais do país, e recebe individualmente, em média, R$ 106,3 mil por mês pelo conjunto de todas suas rendas (dados de 2015).

Muitos autores anunciam o fim da globalização econômica - UNICAMP 2021

Geografia - 2021

UNICAMP 2021

A partir do registro fotográfico da derrubada da - UNICAMP 2021

História - 2021

UNICAMP 2021

(Pablo Guimón, Estátuas são o novo alvo do movimento revisionista nos EUA. El Pais, 12/06/2020.)

“As feridas da discriminação racial se exibem ao mais - UNICAMP 2021

História - 2021

“As feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade social do país. Até 1950, a discriminação em empregos era uma prática corrente, sancionada pelas práticas sociais do país. Em geral, os anúncios de vagas de trabalho eram publicados com a explícita advertência: “não se aceitam pessoas de cor.” Mesmo após a Lei Afonso Arinos, de 1951, proibindo categoricamente a discriminação racial, tudo continuou na mesma. Depois da lei, os anúncios se tornaram mais sofisticados que antes, e passaram a requerer: “pessoas de boa aparência”. Basta substituir “pessoas de boa aparência” por “branco” para se obter a verdadeira significação do eufemismo.”

“No plano da imaginação, os asiáticos, fossem chineses - UNICAMP 2021

História - 2021

“No plano da imaginação, os asiáticos, fossem chineses ou japoneses, geravam associações contraditórias: impassíveis, teimosos, irredutíveis no preço que fixavam nas feiras livres ou em suas casas comerciais, rompendo com o estilo de barganhas e pechinchas incorporado ao dia a dia dos portugueses, sírios, libaneses, judeus, espanhóis. Ao mesmo tempo, eram associados às imagens de delicadeza, de gueixa e cerejeiras em flor, que as estampas dos calendários, os cartazes de certas peças de teatro e das óperas encarregavam de divulgar.”

O quadro O Bolchevique foi pintado pelo artista russo - UNICAMP 2021

História - 2021

UNICAMP 2021

“A casa de morar nas fazendas ou o palacete foram em - UNICAMP 2021

História - 2021

“A casa de morar nas fazendas ou o palacete foram em geral construídos a partir de 1870. Representavam o poderio econômico e político do proprietário, assim como o gênero da pintura de paisagem que, segundo o historiador Rafael Marquese, foi mobilizado pela classe senhorial do Vale do Paraíba como uma resposta direta à crise da escravidão negra no Império do Brasil.”

“Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram - UNICAMP 2021

História - 2021

“Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram ao lado dos homens no movimento popular urbano e participaram de várias jornadas populares, como as de 9 de abril, 20 de junho e 10 de agosto de 1792, as quais resultaram na queda da monarquia. Abraçaram a Revolução, queriam armar-se para defender a nação dos inimigos internos, e tomaram parte nas festas cívicas. Algumas se alistaram no exército e foram lutar nas fronteiras. No caso das Republicanas Revolucionárias, durante certo tempo contaram com o apoio dos deputados da Montanha e os ajudaram a derrubar os Girondinos. Nessa ocasião, mereceram elogios públicos. Depois se aliaram aos radicais e fizeram oposição aos Montanheses. As militantes adquiriram uma visibilidade nunca imaginada para mulheres do povo, despertando o interesse e a inquietação de integrantes do governo acerca da questão dos direitos civis e políticos femininos. Sua presença na cena política foi tolerada e até incentivada no início da Revolução Francesa, porém reprimida em outubro de 1793, e depois de forma definitiva em 1795.”

“Segundos os historiadores, pela primeira vez, uma - UNICAMP 2021

História - 2021

“Segundos os historiadores, pela primeira vez, uma potência europeia desenvolveu um projeto planetário que abrangia quatro continentes, a fim de assentar as pretensões universais da monarquia. Para isso, os juristas espanhóis invocaram a noção de extensão geográfica sem precedentes de suas possessões. Com a monarquia católica surgiram a primeira economia mundial e um regime capitalista e comercial intercontinental.”

Leia o trecho do poema da poetisa grega Safo acerca da - UNICAMP 2021

História - 2021

Leia o trecho do poema da poetisa grega Safo acerca da beleza de uma jovem chamada Anactória.

uns dizem que é uma hoste de cavalaria, outros de infantaria;
outros dizem ser uma frota de naus, na terra negra, a coisa mais bela: mas eu digo ser aquilo que se ama.

(Adaptado de Luísa de Nazaré Ferreira, “Turismo e património na antiguidade clássica: o texto atribuído a Fílon de Bizâncio sobre as Sete Maravilhas”, em Espaços e Paisagens: Antiguidade Clássica e heranças contemporâneas. 2012. V. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra e Annablume, p. 73.)

Os recifes de coral constituem importantes ecossistemas - UNICAMP 2021

Biologia - 2021

Os recifes de coral constituem importantes ecossistemas do planeta, oferecendo abrigo, áreas de desova e proteção contra predadores, e são o habitat de organismos na base das cadeias alimentares oceânicas.

A caça, que passou a ser proibida no país a partir de - UNICAMP 2021

Biologia - 2021

A caça, que passou a ser proibida no país a partir de 1967, reduziu a população de várias espécies de animais e contribuiu para o risco de desequilíbrio ambiental. Entre 1904 e 1969, estima-se que foram mortos pelo menos 20 milhões de animais silvestres nos Estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas. A caça ilegal de animais silvestres e a falta de fiscalização efetiva em áreas de proteção ambiental alertam para a necessidade de conservação das espécies.

(Adaptado de A. Julião e R. Zorzetto. Pesquisa Fapesp, São Paulo, v. 249, p. 46-51, nov. 2016.)

A figura a seguir indica o número total de animais terrestres mortos no período de 1904 a 1969.

UNICAMP 2021

Na análise de dois fósseis de animais adultos coletados - UNICAMP 2021

Biologia - 2021

Na análise de dois fósseis de animais adultos coletados na região dos Campos Gerais (Paraná), destacaram-se as seguintes características:
Fóssil 1: Simetria radiada, esqueleto com espinhos e sulco ambulacral.
Fóssil 2: Simetria bilateral, esqueleto e dois pares de antena.

Apoie nosso trabalho!
Assine Agora